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+Presente Contra o HIV: Uma responsabilidade de todos
33% dos diagnosticados têm mais de 50 anos, e isso se deve às inovações em saúde!Vamos falar sobre isso!
O vírus da imunodeficiência humana, conhecido como HIV, é o vírus causador da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) e está na pauta da saúde pública há mais de quatro décadas.
Desde o descobrimento da doença, que no Brasil teve o primeiro caso confirmado em 1982, muitos avanços foram possíveis, como a introdução da terapia antirretroviral (com distribuição gratuita pelo SUS) e o acesso aos serviços de saúde especializados para prevenção e diagnóstico, iniciativas que se destacam durante a trajetória de esforços no manejo do vírus. A partir dessas medidas foi possível observar menor incidência de outras infecções nas pessoas vivendo com HIV e queda de mortalidade que possibilitaram o envelhecimento dos pacientes, que hoje podem desfrutar de maior longevidade e qualidade de vida.
O vírus da imunodeficiência humana, conhecido como HIV, é o vírus causador da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) e está na pauta da saúde pública há mais de quatro décadas.
Desde o descobrimento da doença, que no Brasil teve o primeiro caso confirmado em 1982, muitos avanços foram possíveis, como a introdução da terapia antirretroviral (com distribuição gratuita pelo SUS) e o acesso aos serviços de saúde especializados para prevenção e diagnóstico, iniciativas que se destacam durante a trajetória de esforços no manejo do vírus. A partir dessas medidas foi possível observar menor incidência de outras infecções nas pessoas vivendo com HIV e queda de mortalidade que possibilitaram o envelhecimento dos pacientes, que hoje podem desfrutar de maior longevidade e qualidade de vida.

40 anos de história: confira a linha do tempo do HIV
Segundo o último Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, estima-se que ao final de 2021 havia aproximadamente 960 mil pessoas vivendo com HIV no Brasil, das quais 89% estavam diagnosticadas e 82% faziam o tratamento com antirretrovirais (“TARV”). Das pessoas em tratamento há pelo menos 6 meses, 95% atingiram carga viral controlada no organismo e 90% estão com vírus intransmissível. O Brasil está dentro da meta global do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre AIDS (UNAIDS) no critério supressão viral, que é de 95%, e esses números mostram a importância da adesão e da continuidade do tratamento.

Mas é importante lembrar:
HIV e AIDS não são a mesma coisa: HIV é como chamamos o vírus e a AIDS é a doença causada pelo avanço do vírus no organismo, caracterizada pelo desenvolvimento de doenças oportunistas que surgem a partir da baixa imunidade do corpo, como a tuberculose, pneumonia, toxoplasmose, hepatites e alguns tipos de câncer.

HIV E A POPULAÇÃO 50+
Desde a década de 80, quando o vírus e a doença passaram a encabeçar as principais discussões na saúde pública mundial, notamos o aumento gradativo e expressivo da expectativa de vida dos pacientes: se, antes, víamos pacientes jovens em estágios avançados da doença, atualmente com cuidado multidisciplinar, tratamento adequado e acompanhamento especializado é possível viver para além dos 50 anos.

COMORBIDADES APÓS OS 50 ANOS
Atualmente os pacientes vivem mais e melhor. Mas, com o avanço da idade, crescem também as chances de desenvolvimento de comorbidades crônicas. Por isso, o olhar integral para a saúde deste paciente é tão importante e fundamental: o envelhecimento pode trazer um maior risco de desenvolver doenças associadas à idade, como hipertensão, infarto do miocárdio, doença arterial periférica e função renal. É importante destacar que essas doenças também podem ser desenvolvidas por pessoas que não vivem com o vírus, mas que representam risco mais elevado para a parcela diagnosticada.

Os estigmas do HIV para a população 50+
Os estigmas, falta de acolhimento e preconceitos que cercam a população que vive com o HIV ainda são uma realidade e podem impactar negativamente a jornada de tratamento atrasando diagnósticos, aumentando os índices de isolamento social e prejudicando calendários de consultas, realização de exames e retirada de medicamentos. O contrário acontece quando o paciente consegue conversar sobre o assunto com pessoas de confiança da família ou entre seus amigos. É preciso criar um ambiente social livre de discriminação para que o paciente se sinta bem e confiante para aderir ao tratamento e se preocupar com a sua qualidade de vida.

Inovação em saúde e cuidado multidisciplinar
Sabemos que é possível viver bem e envelhecer com o HIV. Mas, para isso, médicos, equipes e sistemas de saúde precisam estar preparados para olhar integralmente para esse paciente, além de estimular a adesão ao tratamento.
Hoje, a expectativa de vida da população com HIV é praticamente igual à da população geral. A população 50+ é uma das que mais adere aos programas de saúde e ao tratamento com antirretrovirais (...) É preciso seguir um contexto global de atenção à saúde. Os pacientes que aderem às consultas e aos exames periódicos, conseguem manter a imunidade em dia, além de evitar, ou tratar precocemente, outros problemas de saúde”
Com a palavra, o especialista!
Convidamos o especialista Dr. Álvaro Furtado, médico assistente do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da HC-FMUSP e integrante da equipe do ambulatório de HIV/AIDS do CRT/Santa Cruz da Secretária de Saúde de São Paulo para falar sobre o envelhecimento da população que vive com HIV, a importância da abordagem multidisciplinar e como a adesão ao tratamento impacta positivamente na longevidade e saúde dos pacientes. Confira a entrevista abaixo:
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“Completamos 40 anos da descoberta do vírus HIV. Se você pudesse desenhar uma linha do tempo, o que colocaria como marco nesses 40 anos de evolução tanto no diagnóstico, quanto no tratamento?”
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“Hoje as pessoas vivem mais e com mais qualidade de vida. O que o paciente em HIV deve fazer para envelhecer bem? Quais são os principais cuidados?”
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Sabemos que os portadores de HIV podem desenvolver inúmeras comorbidades. Quais são as principais?
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Como o Brasil está, comparado com outros países, em relação a diagnósticos, tratamento e perfil do paciente?