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      Mieloma Múltiplo

      O diagnóstico do Mieloma Múltiplo não precisa nem deve ser lido como uma sentença. Existem formas de viver com a doença e usufruir de longevidade e de bons momentos. A ciência é uma importante aliada durante a jornada, prevendo tratamentos tecnológicos capazes de controlar a doença, retardar sua progressão, aumentar a sobrevida¹ e, ao reduzir os sintomas, melhorar a qualidade de vida.

      Desta forma, trabalhamos para reforçar nosso papel na disseminação de informações que ajudem profissionais da saúde e pacientes a reconhecerem a doença e a iniciarem, juntos, uma jornada de tratamentos que possa fazer a diferença, unindo inovação e ciência a Múltiplas Chances para Vida.

      Nesta página, que é parte dessa campanha e um movimento de atenção ao Mieloma Múltiplo, você encontrará diversas informações relacionadas à doença, passando pelo diagnóstico, tratamento, terapias e o acesso a elas.
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      Sobre o Mieloma Múltiplo
      O Mieloma Múltiplo é um tipo raro de câncer hematológico, que afeta um tipo de célula da medula óssea chamada de plasmócito. Esta doença compromete a produção das células sanguíneas, o funcionamento dos rins e pode gerar sintomas característicos como dores ósseas e fraturas espontâneas.
      A causa do Mieloma Múltiplo ainda não é amplamente compreendida. No entanto, sabe-se que ela está ligada a uma mutação nas células plasmocitárias, que fazem parte do sistema imunológico. Essas células produzem os anticorpos e proteínas que o nosso corpo usa para combater infecções. No Mieloma Múltiplo, as plasmocitárias se multiplicam desordenadamente, resultando em uma acumulação excessiva e no comprometimento da produção normal de outras células sanguíneas. Esse processo gera uma série de reações no corpo, como sintomas de fraqueza, causados por anemia; problemas renais, devido ao acúmulo de proteínas anormais; danos aos ossos pelo comprometimento da estrutura óssea e o enfraquecimento do sistema imunológico, que leva a infecções de repetição.

      O Mieloma Múltiplo pode surgir em qualquer idade, mas afeta principalmente pessoas acima dos 65 anos.

      Mesmo sendo considerado uma doença sem cura, existem diversos tratamentos que ajudam a controlá-lo.
      As terapias disponíveis têm evoluído significativamente nas últimas décadas e o diagnóstico precoce’ é o maior aliado para a contenção da doença, pois quanto antes o paciente for diagnosticado e iniciar o tratamento, maiores as chances de ampliar a longevidade e de usufruir de mais qualidade de vida.”
      Fatores de risco para o Mieloma Múltiplo

      Assim como outros tipos de câncer, o Mieloma Múltiplo pode ser causado por fatores genéticos ou ambientais, mas fazer parte do chamado “grupo de risco” não é determinante para o desenvolvimento da doença. Alguns desses fatores são:

      Idade:
      No Brasil, a doença é mais frequente em pessoas com mais de 65 anos (menos de 1% dos casos são diagnosticados em pessoas com idade inferior a 35 anos);

      Gênero:
      Os homens são mais propensos a desenvolverem a doença. A incidência varia de 0,5-1 a cada 100.000 homens, entre os asiáticos, e até 10-12 a cada 100.000, entre os negros2;

      Histórico familiar:
      Apesar da maioria dos pacientes não ter parentes diagnosticados, ele pode ser hereditário. Ter pais ou irmãos com Mieloma Múltiplo aumenta as chances da pessoa desenvolver a doença.

      Uma imersão na jornada do paciente em podcast

      Com o objetivo de disseminar conhecimento sobre o Mieloma Múltiplo e apoiar os pacientes em suas jornadas, preparamos uma série exclusiva de conteúdos sobre a doença, em parceria com o Estadão.

      Em cinco episódios, especialistas renomados em Mieloma Múltiplo debatem temas como: a importância do diagnóstico precoce, o benefício da inovação do tratamento ao paciente e o acesso às terapias adequadas durante o tratamento. Os cinco episódios já estão disponíveis e você pode assisti-los quando quiser.

      Clique nos conteúdos abaixo para conferir
      Sinais e sintomas da doença

      Alguns dos principais sintomas do Mieloma Múltiplo podem passar despercebidos para a maioria das pessoas e, por isso, a conscientização sobre a doença é o primeiro passo para o diagnóstico precoce.

      Nem sempre o “comum” é “normal”. Fique atento aos sinais!

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      Encaminhadores

      Pessoas com suspeita de Mieloma Múltiplo podem ser encaminhadas ao hematologista por vários tipos de especialidades, incluindo ortopedistas, clínicos gerais, nefrologistas e geriatras. Ortopedistas podem suspeitar da doença devido aos sintomas ósseos, como as fraturas e dores persistentes, enquanto os clínicos gerais podem identificar as queixas inespecíficas como a fadiga, anemia e perda de peso. Nefrologistas podem estar atentos à doença ao investigar a insuficiência renal ou níveis elevados de proteínas na urina e no sangue. Já os geriatras, médicos que cuidam da saúde de idosos, podem reconhecer os sinais por se tratar de uma faixa etária mais propensa a desenvolver o Mieloma Múltiplo. A coordenação entre os especialistas e o encaminhamento ao médico responsável por diagnosticar a doença são cruciais para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

      Como é feito o diagnóstico do Mieloma Múltiplo

      Um acompanhamento médico de rotina, por meio de check-ups anuais, por exemplo, é uma forma eficaz de antecipar possíveis problemas e tratá-los de forma precoce: quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de um tratamento bem-sucedido. Em casos de suspeita do Mieloma Múltiplo, alguns passos são essenciais para a investigação4:

      • História clínica completa com investigação dos sintomas iniciais;
      • Exames físicos em consultório para a busca de sinais indicadores da doença;
      • Exames laboratoriais, eletroforese de proteínas no sangue e na urina, avaliação da medula óssea (biopsia, aspirado medular), exames de imagem e demais exames necessários de acordo com a avaliação do médico responsável.
      O diagnóstico precoce do Mieloma Múltiplo tem o potencial de aumentar a sobrevida dos pacientes!”
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      O papel do hematologista na jornada do paciente
      O hematologista é o especialista que estuda o sangue e todas as doenças relacionadas a ele, incluindo o Mieloma Múltiplo. Além de ser o responsável pelo diagnóstico e pela indicação da abordagem terapêutica mais adequada para cada paciente, esse profissional é essencial durante toda a jornada de cuidado, visto que ela se baseia, também, em uma relação de confiança e proximidade entre especialista e paciente.
      Conheça a história do paciente Elvys

      Um professor do Pará que recebeu o diagnóstico de Mieloma Múltiplo após uma série de exames. O olhar cuidadoso de sua filha o levou até um hematologista, especialista em doenças que afetam o sangue.

      Opções terapêuticas
      Os tratamentos para o Mieloma Múltiplo são definidos pelo médico especialista responsável e podem variar de paciente para paciente. Algumas das abordagens mais utilizadas no Brasil são:
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        Quimioterapia
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        Administração de corticoides
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        Transplante autólogo de medula óssea
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        Imunoterapias variadas
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      Entendendo as terapias mais recentes
      Ao longo das últimas décadas, diferentes opções terapêuticas foram acrescentadas às alternativas de tratamento para o paciente com Mieloma Múltiplo, ampliando a possibilidade de sobrevida e também a qualidade de vida. Entre as alternativas mais recentes estão os anticorpos monoclonais, os anticorpos biespecíficos e a terapia avançada CAR-T. Essas novas tecnologias complementam o arsenal terapêutico disponível aos pacientes em combinação com diversas outras já conhecidas para diferentes estágios do tratamento. Por não existir um padrão único de indicação, a recomendação e escolha para cada fase do tratamento é feita pelo médico hematologista.
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      Conhecendo os anticorpos monoclonais
      Anticorpos são proteínas que o sistema imunológico usa para identificar e neutralizar substâncias nocivas, como bactérias e vírus. A terapia monoclonal é composta por anticorpos idênticos, desenvolvidos em laboratórios e feitos para se ligarem a um alvo.
      As células do Mieloma Múltiplo possuem uma proteína específica em sua superfície. Quando os anticorpos monoclonais são administrados ao paciente, eles circulam pelo corpo, encontram a proteína do Mieloma Múltiplo e se ligam a ela. Esse processo resulta em uma marcação nas células adoecidas, permitindo ao sistema imunológico do paciente reconhecê-las e destruí-las. Além disso, esses anticorpos podem interferir até mesmo no crescimento e na sobrevivência dessas células cancerígenas.

      Também chamada de "terapia direcionada", se tratando do Mieloma Múltiplo, essa abordagem foca especificamente nas células da doença, o que pode resultar em menos efeitos inesperados.
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      A ação dos anticorpos biespecíficos
      Os anticorpos biespecíficos são um tipo especial de anticorpo, projetados para reconhecer e se ligar a dois alvos diferentes ao mesmo tempo. No contexto do Mieloma Múltiplo, um desses alvos é a proteína presente nas células cancerosas e o outro é uma célula do sistema imunológico, como as células T, capaz de destruir células infectadas ou cancerosas. Assim, quando o anticorpo biespecífico se liga simultaneamente a uma célula T e a uma célula de Mieloma Múltiplo, ele aproxima essas duas células. Essa proximidade ativa a célula T, que ataca e destrói a célula doente.
      A capacidade de se ligar especificamente às células cancerosas e às células T torna a terapia mais precisa, minimizando danos às células saudáveis. Ao engajar as células T, a terapia aproveita as habilidades do sistema imunológico para combater a doença, reduzindo significativamente a carga tumoral.
      Como funciona a terapia Car-T
      A terapia CAR-T, assim como os biespecíficos e os anticorpos monoclonais, representam uma nova oportunidade para pacientes com Mieloma recidivados ou refratários que tenham sido expostos a outras linhas de tratamentos para a doença. É um exemplo de como a biotecnologia avançada está transformando a realidade da evolução da doença e oferecendo novas possibilidades de controle, aumento da sobrevida e melhora da qualidade de vida. Além disso, é uma alternativa para que médicos tenham múltiplas opções no momento de determinar o melhor tratamento para cada perfil e estágio de paciente.”
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      Acesso a múltiplas chances
      Um paciente que precisa iniciar um tratamento ou mudar o seu medicamento por outro mais adequado para o seu caso, na fase em que a doença se encontra, pode não ter acesso às terapias que o especialista recomenda devido à indisponibilidade nos sistemas de saúde. Esse cenário acaba afastando as perspectivas de conquistar qualidade de vida e um maior tempo de remissão. Sem tratamento adequado, a tendência é que as pessoas com Mieloma Múltiplo continuem sofrendo com sintomas, desafios em sua qualidade de vida e a iminência de menor sobrevida global.
      Atualmente, no SUS, estão disponíveis o transplante e algumas combinações para o tratamento do Mieloma Múltiplo. As últimas atualizações aconteceram em 2020 e 2023, com medicamentos que têm o mesmo mecanismo de ação – havendo ainda uma necessidade médica não atendida – considerando as características da doença. O Mieloma Múltiplo é atualmente uma das pautas prioritárias no Ministério da Saúde e a criação e avaliação dos PCDT (Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas) são parte dos esforços para avançar no diagnóstico e tratamento desses pacientes.

      Por se tratar de uma doença sem cura, com possibilidades de múltiplas recaídas e perfil de evolução complexo, há a necessidade de explorar novos e diversos mecanismos de ação em seu tratamento. As novas drogas e o uso de combinações efetivas no início da jornada do paciente são possibilidades de aprofundar a resposta ao tratamento e prolongar o tempo de remissão. Isso significa um período maior sem sintomas, possibilitando um desfecho positivo em longo prazo7,8,9,10.

      Seja no SUS ou no sistema privado, ampliar o acesso a tratamentos com diferentes mecanismos de ação e combinações que possam atender às necessidades dos casos resistentes, especialmente aqueles que já tiveram uma linha de terapia prévia e voltaram a manifestar a doença, é um desafio que precisa de atenção.

      Por isso, acompanhar as consultas públicas e todo processo de avaliação de tecnologia em saúde é fundamental para que médicos e demais profissionais da saúde, pacientes e toda a sociedade possam ter sua voz ouvida por meio da participação social.
      Para saber mais sobre nossa atuação no manejo dos cânceres hematológicos e cânceres sólidos.

      Referências
      1. INTERNATIONAL MYELOMA FOUNDATION. Multiple Myeloma Diagnosis. Disponível em: Newly Diagnosed. Acesso em: jun. 2024
      2. JANSSEN. Mieloma múltiplo. Janssen Brasil. Disponível em: https://www.janssen.com/brasil/minha-saude/mieloma-multiplo. Acesso em: jul. 2024
      3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMA E LEUCEMIA (ABRALE). Consulta pública pode ampliar opções de tratamento para mieloma múltiplo. Disponível em: https://abrale.org.br/abrale-na-midia/consulta-publica-pode-ampliar-opco.... Acesso em: jul. 2024.
      4. INTERNATIONAL MYELOMA FOUNDATION. Multiple Myeloma Tests. Disponível em: https://www.myeloma.org/multiple-myeloma-tests. Acesso em: jun. 2024.
      5. GHOBRIAL, I. M.; LANDGREN, O.; HAJEK, R. Management of relapsed and refractory multiple myeloma: novel agents, antibodies, immunotherapies and beyond. Leukemia, v. 34, n. 6, p. 1487-1499, 2020. Disponível em: NCBI. Acesso em: jun. 2024
      6. ASSOCIATION OF COMMUNITY CANCER CENTERS. Triplet vs. quadruplet therapy: choosing the right multiple myeloma treatment. Disponível em: https://www.accc-cancer.org/acccbuzz/blog-post-template/accc-buzz/2022/1... -treatment. Acesso em: jun. 2024.
      7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMA E LEUCEMIA (ABRALE). Mieloma múltiplo – Qualidade de vida é parte do tratamento. Acesso em: dez. 2022.
      8. A.C. CAMARGO. Tudo sobre células CAR-T. Disponível em: https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tratamento-oncologico/tudo-sobre... JAx8c11ZfjozCytps1IYZx97Ap-_b2GrzoPhoCm6kQAvD_BwE. Acesso em: abr. 2024.
      9. KUMAR, S. K. et al. Multiple myeloma. Nature Reviews Disease Primers, v. 3, p. 1704, 20 jul. 2017 10. KURTIN, S. E. Relapsed or relapsed/refractory multiple myeloma. Journal of Advanced Practitioner Oncology, v. 4, supl. 1, p. 5-14, 2013.